terça-feira, 2 de novembro de 2010

Receitinha para o verão

Resolvi ser um pouco mais dinâmico e não esperar para postar um cardápio com 3 pratos a cada post, ao invés disso vou fazer algo mais parecido com o meu dia a dia, algo mais pontual e dinâmico, afinal, eu moro com meus pais e portanto eu divido a cozinha e as responsabilidades das refeições. Na prática isso significa que os cardápios são feitos a 4 mãos, com uma receita da minha mãe mais um acompanhamento meu mais alguma coisa que sobrou de ontem. Assumindo que é assim que eu cozinho a maior parte do tempo eu vou tentar passar para vocês essas receitas práticas que eu faço pra ajudar no almoço ou às vezes apenas para mim quando estou afim de jantar algo diferente.

O post de hoje é uma receita básica de sorbet, que nada mais é do que uma sobremesa gelada (embora possa ser usada entre os diversos pratos de um jantar para limpar o paladar) feita com uma calda de açúcar e suco de frutas. Essa é uma dica para o verão, uma maneira de ter sempre algo gelado em casa para se refrescar do calor e aproveitar as frutas da estação.

Não vou mentir, esta receita pode demorar cerca de 8h para ficar pronta, mas na verdade você não tem mais do que 30 minutos de trabalho no total, o resto é por conta do congelador.

Vou dar esta receita como uma receita mestre para sorbet de qualquer sabor mas darei as quantidades de alguns sabores que já experimentei para guiá-los. As melhores frutas para usar (além de frutas frescas e nunca polpas congeladas) são as ácidas, pois se a fruta for muito doce o sorbet não vai ficar cremoso. A calda é o segredo para que o sorbet fique com uma consistência cremosa e se ela for diluída demais você vai acabar com um grande bloco de suco congelado. Também pode se adicionar uma dose de alguma bebida alcoólica se desejar, o que também ajuda a deixar o sorbet cremoso.

Sorbet - Receita Mestre

  • 200g (1 xícara) de açúcar
  • 200ml (1 xícara) de água
  • Suco de fruta (200ml de sumo de limão, 350ml de kiwi batido, 400ml de morango batido, 150ml de sumo de maracujá e 1 dose de campari...)


A receita é muito simples mas exige alguma organização. Primeiro coloque um refratário de vidro ou porcelana no congelador, é nele que você vai congelar e servir o sorbet. Misture a água e o açúcar em uma panela e leve ao fogo. Quando levantar fervura diminua o fogo e aguarde 5 minutos antes de desligar. Esprema ou bata as frutas e reserve. Aguarde cerca de 2h para a calda esfriar e misture o suco da fruta. Transfira a mistura para o refratário (que vai estar muito gelado), devolva ao congelador e aguarde cerca de 2h. Neste ponto o sorbet deve ter começado a congelar nas bordas, então, com um garfo, bata vigorosamente para quebrar os cristais de gelo e colocar ar na mistura. Você vai perceber que o sorbet vai empalidecendo. Devolva para o congelador e repita o procedimento pelo menos mais 1 vez, de preferência mais duas vezes até que ele esteja cremoso. Essa cremosidade não dura mais que 2 ou 3 dias, mas nem será necessário bater novamente, certamente já vei ter acabado. Uma nota importante é que a receita fica melhor feita no congelador e não no freezer. A temperatura do freezer é bem mais baixa que a do congelador e mesmo bem aerado ele não ficará cremoso. Se ainda assim for usar o freezer tire o sorbet 10 minutos antes de servir.

P.S. - Eu tenho fotos do sorbet, mas estão tão horríveis que eu tenho vergonha de mostrar. Um dia eu ainda consigo boas fotos de alguma coisa que eu fizer e posto, eu prometo. Ah! E se alguém tiver dicas para fotografar comida eu aceito.

domingo, 17 de outubro de 2010

Salsichão alemão e sobremesa de Natal

Perdi as contas de quanto tempo eu não apareço por aqui. Foram meses conturbados, cheios de reuniões, trabalhos, palestras, mais reuniões, estresse, coleta de dados do mestrado.... enfim.... posso continuar com uma lista infindável de coisas que fiz nesses 4 meses até vocês sentirem pena de mim e não ficarem com raiva de que eu os deixei esse tempo todo sem minhas receitas maravilhosas. rsrsrs

É claro que a receita é apenas parte do blog, afinal de contas eu tenho que falar dos meus estresses em algum lugar com mais de 140 caracteres pois o que eu passei nesses meses não cabe em 140 caracteres. Eu já comentei em algum momento que tem certos dias que eu estão tão cansado que eu anseio por junk food. Sim, eu faço isso e isso aconteceu muito mais do que deveria nesses últimos meses. Acho que a culpa por esses acontecimentos me fez entrar na academia 2 meses atrás. Mas claro que eu tenho cozinhado nesse meio tempo, sempre coisas simples e sempre comfort food porque o que eu não precisava era estresse na cozinha.

Agora que o período mais crítico do meu mestrado acabou (na verdade alguns acontecimentos farão dos meses seguintes ainda piores, mas os estou ignorando por enquanto) estou retomando a cozinha de forma mais séria por três motivos. O primeiro é porque eu adoro cozinhar e eu não estava fazendo o que eu gostava, simplesmente fazia o que dava pra fazer. O segundo motivo é o mais nobre, pois depois de meses de estresse, comendo mal e apelando pra junk food mais de 1 vez por mês acabei me causando uma gastrite. O terceiro motivo é o menos nobre e de longe é o mais contundente (pelo menos para mim). A musculação faz o pior de mim vir à tona e neste momento o que vem à tona é a necessidade de perder 6kg. Além de controlar minha alimentação eu apelei para suplementos alimentares e não, não me orgulho disso mas vou fazer.

Antes que meus queridos leitores fiquem indignados eu vou passar logo para receita que serve como um adeus para petiscos de bar que eu tenho aproveitado nas últimas 2 semanas, e que não fazem bem para a silhueta, e uma receita que eu quis experimentar para servir no Natal, época de recuperar os 6kg perdidos. Seguem as receitas do salsichão alemão com acompanhamentos e do pudim de panetone.


Salsichão Alemão

Certamente é um favorito meu, dos meus amigos e da minha família em restaurantes e bares. Este prato não tem qualquer segredo, basta encontrar uma boa marca, geralmente disponíveis em delicatessens. Melhor do que sentar num bar tomando uma cerveja e beliscando numa salsicha alemã com mostarda é fazer isso no conforto da sua casa, gastando menos e com mais conforto. Vou ainda mais longe nesse cenário: porque não, ao invés de simplesmente comer a salsicha como aperitivo mas fazê-la como o prato principal de um almoço? E fica muito bom!!! 

  • Variedade de salsichas alemãs
  • Mostarda para acompanhar

Esta é a parte mais simples da receita. Basta comprar uma variedade de salsichas alemãs e aquecê-las no forno ou numa chapa ou grelha. Se fizer no forno faça pequenos furos nas salsichas e reserve a gordura que sair pois com ela você pode refogar o espinafre. Vale a pena misturar tipos diferentes de salsichas, os sabores ficam mais ricos. Para acompanhar compre a melhor mostarda que puder encontrar, se quiser tente mais de um tipo.


Espinafre refogado

  • 1 maço de espinafre
  • Azeite

Acompanhamento muito simples com apenas uma parte chata: catar as folhas do espinafre. Depois que catar todas as folhas do espinafre, lave e escorra. Numa frigideira grande coloque azeite (ou o caldo da salsicha se você reservou) e adicione o espinafre quando quente. Refogue até que as folhas estejam murchas mas ainda tenras. Tempere com sal e pronto! Embora comida alemã sempre nos remeta ao repolho, eu garanto que quem provar esta combinação vai adorar.


Salada de batatas

  • 1kg de batatas
  • 200ml de creme de leite fresco
  • azeite
  • sal e pimenta do reino

Mantive a receita extremamente simples. As quantidades aqui foram simplesmente estimadas, então usem de guia mas não a risca. Não vou dizer que esta receita é simples porque de longe é a mais complicada. Descasque e corte as batatas em cubos. Cozinhe por cerca de 20 minutos em água e sal até que fiquem macias mas ainda firmes. Escorra e tempere, ainda quente, com o azeite, o creme de leite fresco, pimenta do reino e ajuste o sal se necessário. O azedinho do creme de leite fresco fica maravilhoso com as salsichas.


Purê de ervilhas

  • 300g de ervilhas congeladas
  • 1 dente de alho picado
  • 50ml de creme de leite
  • Um punhado de parmesão ralado
  • azeite
  • Sal e pimenta do reino

Recentemente eu ouvi falar que a mesma substância responsável pelo prazer quando comemos chocolate também está presente nas ervilhas, então um bom motivo para comer mais ervilhas e menos chocolate com o mesmo resultado final. Refogue o alho no azeite e em seguia jogue as ervilhas. Quando estiverem descongeladas tempere com sal e pimenta. Amasse as ervilhas grosseiramente e misture o creme de leite e o parmesão. Esta receita faz sucesso e acompanha bem uma infinidade de pratos.


Pudim de Panetone

Panetone: uns amam outros odeiam. Por muitos anos eu estive entre os que odeiam panetone até que eu descobri que existem panetones bons e ruins e que infelizmente é muito mais fácil encontrar um panetone ruim do que um bom. Ainda assim não se trata de um pão que eu faça questão que esteja presente no Natal aqui em casa, mas certamente vou querer este pudim depois da ceia de natal com um sorvete de nozes para acompanhar.

  • 1 panetone
  • 400ml de leite
  • 400ml de creme de leite
  • 150g de açúcar
  • 4 ovos
  • essência de baunilha
  • raspa de meia laranja
Basicamente este é um pudim de pão inglês feito com o panetone. Fatie o panetone em pedaços de cerca de 2cm ou mais finas e arrume em um refratário que comporte o líquido. Algumas pontas do panetone podem ficar mais altas, não tem problema, elas vão ficar crocantes e deliciosas. Misture o leite e o creme de leite e leve ao fogo. Enquanto isso bate os ovos inteiros e o açúcar. Junte a baunilha e a raspa da laranja. Quando o leite estiver quente (mas não fervendo) misture tudo. Agora despeje a mistura sobre as fatias do panetone e deixe descansar por 5 minutos antes de levar ao forno pré aquecido a 220 C por 30 minutos ou até que ele esteja firme nas bordas e ainda molengo no meio mas com uma casquinha firme. Originalmente se serve morno, mas convenhamos... a gente merece fazer com várias horas de antecedência, deixar a temperatura ambiente ou ligeiramente resfriado e servir com um belo sorve de nozes (já que é para o Natal).



domingo, 6 de junho de 2010

Algumas idéias (e uma receita) com curry

Eu adoro curry, sua cor, seu sabor e a idéia de uma comida totalmente diferente daquela do nosso dia a dia mas com um sabor muito familiar. Acho que conheci essa mistura de especiarias quando morei na Inglaterra dos 5 aos 6 anos de idade mas o tempero nunca de fato fez parte do repertório de receitas da minha família mas isso há de mudar.

Devo confessar que quem me despertou interesse em resgatar o curry foi a Nigella, eu tenho que admitir, mas é de conhecimento de todos que eu tenho muito mais aproximação com o Jamie Oliver. Eu tentei a receita da Nigella com grão de bico e salmão e é simplesmente fantástica. A base do molho que eu vou dar a receita mais à frente serve tanto para carne, peixe e frango sozinhos ou com algum grão ou verdura dentro, seja criativo e crie suas próprias combinações.

A receita de hoje é de um curry com carneiro e lentilhas e mesmo com um mega estresse em família bem na hora do almoço eu não consegui ficar mal humorado depois das primeiras garfadas. Garantia de sucesso ou eu vou na sua casa fazer o almoço. rsrsrs Tenho uma sugestão de acompanhamento mas ficarei devendo uma sobremesa, mas um sorvete ou um smoothie cai muito bem.

Mais uma vez fico devendo as quantidades pois isso é muito errático aqui em casa. Hoje mesmo cozinhei para umas 8 pessoas, então use o bom senso e o seu paladar.

Curry de Carneiro e lentilhas

  • Óleo vegetal
  • Tomate
  • Cebola
  • Gengibre
  • Coentro
  • Curry em pó
  • Sal
  • Pimenta do reino
  • Cominho
  • Pernil de carneiro em pedaços
  • Lentilhas
  • Leite de côco
  • Limão

Bata aproximadamente a mesma quantidade de cebola e o tomate no liquidificador e um pedaço de gengibre. Se desejar bata também o coentro ou o adicione picado no final da receita. Aqueça o óleo e refogue a mistura até a cebola ficar transparente (cerca de 10 minutos). Junte a carne e refogue até que fique cozida por fora. Adicione o curry, o sal, a pimenta do reino e o cominho. Seja particularmente generoso com o curry, afinal ele é o principal condimento aqui. Agora o trabalho é todo do fogão. Basta deicxar a carne cozinhando até que fique macia e comece a desprender dos ossos. Neste ponto adicione as lentilhas, que não devem demorar mais que 30 minutos para ficarem cozidas e ainda menos se deixá-las de molho. Quando as lentilhas estiverem quase prontas adicione o leite de côco, o coentro (se resolveu deixá-lo para o final) e um pouco de suco de limão para dar um toque de acidez. Ajuste o tempero adicionando o que julgar necessário e pronto!

NOTA: Quando eu faço peixe ao curry eu geralmente misturo o leite de côco e os condimentos antes de colocar a carne, mas como o carneiro exige um tempo de cozimento bem maior eu fui advertido a não colocá-lo nesta etapa e somente no final. A principal vantagem de colocar os condimentos antes é que raramente é preciso ajustar o tempero do molho. Isso pode ser extremamente útil se você quer apenas dar uma roupagem nova a alguma carne que já esteja cozida ou está cozinhando algo que demore pouco tempo para cozinhar.

Arroz branco com Alfazema

  • Arroz 
  • Alho
  • Sal
  • Chá de alfazema (opcional)

Ferva uma panela com água e o chá de alfazema (não use muito para não ficar com gosto de perfume), coloque o alho apenas amassado (pode deixar a casca, você não vai usá-lo depois). Quando levantar fervura coloque o sal e o arroz já lavado e escorrido. Quando ele estiver al dente escorra reservando um pouco da água. Use um escorredor de metal. Devolva a água reservada à panela e coloque o escorredor sobre a panela e tampe com papel alumínio. coloque a panela sobre fogo baixo e deixe por mais 10 ou 15 minutos e o arroz ficará solto e leve.

Salada de agrião com cenouras assadas com cominho e molho de iogurte, coentro e limão

  • Agrião
  • Cenouras
  • Cominho
  • Sal
  • Óleo vegetal
Molho
  • Iogurte natural
  • Limão
  • Coentro
  • Sal

Separe as folhas de agrião, lave e escorra (difícil hein!). Corte as cenouras em tiras finas usando a lâmina do ralador, uma mandolina ou se aventure com uma faca. Tempere a cenoura com óleo (não use azeite, vai interferir com o sabor), sal e cominho (seja generoso). Leve ao forno alto mexendo sempre que necessário. Quanto mais finas as tiras mais rápido ficará pronto, então fique de olho. Espere a cenoura esfriar e coloque sobre ou misture com o agrião.

Para o molho basta misturar o iogurte com o suco de limão, o coentro picado e sal.

domingo, 2 de maio de 2010

Perfect Party Food

Sei que tem um bom tempo que não apareço por aqui. Justifico minha ausência em função da minha atribulada vida acadêmica, e do meu inferno astral. Finalmente eu acabei de vez a minha participação em sala de aula neste semestre. Mesmo sendo apenas 2 dias por semana, as atividades que vem atreladas deixavam toda minha vida mais complicada, mas agora estou bem mais tranqüilo. Com esse estresse veio uma crise forte da minha rosácea, que, para quem não conhece, trata-se de uma inflamação crônica dos vasos da face e das glândulas sebáceas. Não se preocupem, é genético e auto imune. Então além de ter que lidar com a correria acadêmica e problemas dermatológicos também estava passando pelo meu inferno astral.

Não tenho o que falar mal desse inferno astral e do retorno de saturno. Não tive nenhuma grande crise, nenhum grande acontecimento bom ou ruim, simplesmente algumas coisas se acomodando na minha vida e dentro de mim. Ainda estou lidando com isso, afinal foi um inferno astral, não o paraíso. Para celebrar o final dessa fase conturbada, tanto pessoal e profissionalmente veio meu aniversário, que culminou com uma festinha para amigos mais chegados, nada grande, apenas bebidas, uma comida legal e um bom papo. Receita de sucesso sempre!

Eu sempre gosto de levar algum tira gosto para as festas na casa de amigos. Já tentei diversas receitas, algumas muito boas e muito trabalhosas, outras inadequadas para tira gosto e algumas que são fáceis de fazer e sempre agradam. Eu fiz ontem pela segunda vez os pratos que eu considero perfeitos para uma festinha como essa. Pouco trabalho pra fazer antes (o que significa pouco estresse) e os convidados adoram. O único lado ruim disso é que eles acabam comendo muito, ou seja, pode ser generoso.

O cardápio consistiu no meu chilli con carne e uma salada mexicana. Para acompanhar pães, tacos (doritos mesmo) e cream cheese

Eu não faço a menor idéia das medidas que usei então usem o bom senso ou me escrevam que eu posso tentar ser útil de alguma forma.

Chilli con carne

Carne moída (use uma carne mais dura, o sabor fica melhor)
Cebola roxa
sal
Pimenta do reino
Cominho
Páprica picante
Pimentas (use uma ou mais variedades a depender da disponibilidade)
Pimentão* (se usar pimenta andina é completamente dispensável)
Tomates pelados (em lata)
Óleo ou azeite
Café forte

Esquente o óleo (eu prefiro óleo pois o azeite pode ficar muito marcante na receita) e refogue a cebola em fogo médio a baixo até que comece a caramelizar e reduzir. Junte a sua seleção de pimentas e pimentão (se não estiver usando pimenta andina) e reduza mais um pouco. Junte a carne e mexa bem até que esteja quase toda cozida. Junte o tomate pelado. Agora basta adicionar o café, o sal e os condimentos até que o ponto que desejar. Aqui também é o momento de ajustar a pimenta colocando mais se desejar. Quando ferver abaixe o fogo e cozinhe por cerca de 1 hora e meia. Se desejar pode deixar o mesmo tempo no forno médio baixo. Este prato serve muito bem quente, morno e até mesmo frio pois a pimenta vai se encarregar de esquentá-lo para seus convidados. rsrsrsrs

Nota sobre as pimentas: Muita gente não gosta de pimenta, então a dica é usar pimentas como a andina e a dedo de moça. Elas não são muito fortes e são saborosas. Retire as sementes da pimenta para que ela fique ainda mais branda. Pimentas diferentes tem sabores diferentes. A andina parece um pimentão, doce, muito cheirosa e arde por pouco tempo. A malagueta basicamente dá um ardor que permanece na boca por muito mais tempo. Experimente diferentes combinações, você vai adorar!

Salada mexicana

Feijão branco cozido
Grão de bico cozido
Frango defumado
Pimentão vermelho
Pimentão amarelo
Alface americana

Molho
Mostarda
Azeite
Vinagre balsâmico
Alho
Açúcar

Esta receita é ainda mais fácil. Cozinhe os grãos com água e sal (no máximo uma folha de louro) use o dobro da quantidade de feijão branco para cada medida de grão de bico. Corte os pimentões em tiras, desfie o frango e corte a alface em tiras. Misture tudo e reserve na geladeira até a hora de servir, junte o molho quando levar para a mesa, do contrário o molho fará a alface murchar. Para preparar o molho basta misturar tudo no liquidificador e bater. Esse molho agridoce fará as pessoas pedirem que você faça a receita de novo. Uma opção para os vegetarianos é fazer esta receita sem o frango, o que funciona muito bem e é o que geralmente faço mesmo não sendo vegetariano.


Pratinhos, pães, doritos e cream cheese em cima da mesa e vá curtir sua festa, o que foi exatamente o que eu fiz. Você vai ver as pessoas se levantando para pegar doritos ou fatias de pão com cream cheese e chilli sem parar. A salada é a opção de quem ficar com fome e não quiser apenas beliscar. De um jeito  ou de outro eu garanto que todos vão gostar muito desta festa.

terça-feira, 23 de março de 2010

O PÃO NOSSO DE CADA DIA

Quem me conhece sabe que poucas vezes na minha vida estive tão atarefado. Tenho recusado até convite pra sair, mas de uma coisa não abro mão, que é comer bem. Na minha concepção preciosista isso significa quase sempre que eu tenho que cozinhar. Confesso que de vez em quando, depois de um dia absolutamente extenuante, eu me rendo a qualquer hamburger acompanhado de batatas fritas, mas isso não é comum. Geralmente eu ainda consigo passar no supermercado e comprar os ingredientes para algum prato especial que de alguma forma atenue o dia que tive. 

(Eu acharia ótimo se a compensação funcionasse ao contrário e eu ficasse sem fome depois de um dia tranquilo, mas não! Que digam meus 4Kg de sobre peso.)

Hoje, depois de trabalhar numa apresentação que farei para a comunidade de prática ligada ao meu grupo de pesquisa pela manhã; fui em duas concessionárias com minha mãe ver um carro novo para ela. Voltei para casa já com enxaqueca e não rendo quase nada novamente na apresentação. 

Depois disso tudo o que eu queria era algo que me fizesse sentir bem, então fui ver se tinha algo interessante para comer. Nada! E olha que eu já havia me conformado em comer um sanduíche, mas nem pão tinha. Se eu estivesse um pouco menos atarefado eu provavelmente iria ao supermercado ou faria algo com os ingredientes disponíveis na despensa e na geladeira (idéias não me faltaram) mas não deu. Felizmente eu sempre tenho massa de pão congelada na geladeira, foi a minha salvação. Depois de descongelar a massa no microondas e abrir finamente com o rolo de massa, bastou assar o pão numa frigideira quente por alguns minutos de cada lado. Uma salada, queijo e fatias de salame fizeram um roll caseiro que, embora não tenha sido o objeto primeiro do meu desejo, salvou meu dia.

Gostaria de postar ainda aqui a receita básica de pão, mas deixarei pra outro dia porque tenho trabalho a fazer. Prometo a receita, os usos e uma foto pra deixar isso mais interessante.

domingo, 21 de março de 2010

TALHARIM VENEZIANO

À medida que eu for escrevendo vocês verão que eu não morro de amores pela Nigella Lawson, acho a comida que ela faz muito pré-preparada, mas confesso que alguns pratos são fantásticos e realmente valem a pena, tanto que alguns deles são bem recorrentes aqui em casa.

Esta receita consiste em um prato principal muito simples e prático (frango assado com talharim), ótimo pra servir para um grande número de pessoas sem ter que se acabar na cozinha, basta se programar um pouquinho.

Ingredientes:

  • 1 pacote de 500g de talharim de boa qualidade
  • Frango assado
    • 1 frango de cerca de 1,5kg 
    • 2 colheres de sopa de manteiga amolecida
    • 2 colheres de sopa de manteiga derretida com 1 colher de sopa de óleo vegetal
    • Sal e pimenta do reino
  • Molho
    • Uvas passa
    • Castanhas de caju ou do pará picadas 
    • Caldo do cozimento do frango
Lave o frango, seque bem, tempere com sal e pimenta, amarre e esfregue a manteiga amolecida pelo lado de fora e leve para assar por cerca de 1h e 20 minutos ou até que, furando a coxa o líquido saia transparente e não rosa. Comece assando o frango em um dos lados por 5 minutos e depois o outro lado por mais 5 no forno a 220 Celsius. Depois coloque o frango com o peito para cima e asse por cerca de 1 hora a 180 graus e veja se já está bom. Se quiser dourar um pouco vire o frango com o peito para baixo e deixe mais 5 minutos. Use a manteiga e óleo para untar o frango a cada 10 ou 15 minutos. Quando a mistura acabar use o caldo da assadeira. Esse é uma receita mestra de frango assado, se tiver o hábito de assar de forma diferente sinta-se a vontade, apenas mantenha os sabores simples. Depois de assado deixe o frango descansar por pelo menos 10 minutos. Enquanto isso faça o molho.

Para o molho eu não coloquei quantidades, use o bom senso. Numa frigideira coloque o caldo da assadeira do frango e junte as passas e as castanhas picadas. Na hora de montar o prato esquente o molho, é só o que precisa ser feito. O molho não deve ser muito e não precisa ser engrossado, ele deve apenas molhar toda a massa mas não deve ficar pingando. Se por um acaso não tiver caldo suficiente na assadeira sugiro dilui-lo com água ou então vinho branco. Quero dizer que para aqueles que como eu não são loucos por passas na comida que experimentem a receita com as passas pelo menos uma vez. As passas realmente tem razão para estar aqui então experimentem por mim.

Agora coloque a água do macarrão no fogo e vá se divertir. É hora de pegar e desfiar todo o frango com as mãos. Acredite, é algo meio catártico desmembrar a ave e separar toda a carne.

A essa altura seu macarrão deve estar quase pronto, o molho aquecido e o frango desfiado. Escorra o macarrão, jogue parte do molho por cima e misture. Junte o frango, misture e por cima jogue o resto do molho. Sirva imediatamente.

UM DOMINGO QUALQUER

Decidi finalmente começar esse Blog que meu grande amigo Diego me incentivou a criar. Planejamos meu post de estréia e tudo, mas estou aqui subvertendo o combinado, até porque tem bastante tempo que disse que ia começar a escrever aqui. A idéia desse blog e falar da minha vida (bem original não é?). Minha vida pode ser dividida em 3 grandes temas: profissional, relacionamentos (amorosos ou não) e gastronomia. 

Eu sou formado em biologia pela UFBA e faço mestrado em ensino, filosofia e história das ciências. Bastam 5 minutos pra saber que eu sou muito minha profissão, vivo a academia e amo isso. Em termos de relacionamentos acho que não sou diferente de qualquer ser humano na terra. Moro com meus pais e às vezes eles me tiram do sério e o mesmo vale para o resto do núcleo familiar que consiste, incluindo eu, apenas 8 pessoas. Relacionamentos amorosos... bem.... prefiro não comentar agora senão era um blog só pra isso e ninguém é obrigado a escutar minhas lamúrias (só meus amigos, esses são obrigados).

Nessa rotina eu acabei me encantando pela gastronomia. Sempre gostei de fazer uma coisa ou outra na cozinha, mas a pouco mais de 1 ano eu resolvi me dedicar e comprei o livro "Em Casa" do Jamie Oliver. A partir daí seguiram uma série de experimentações de sabores, técnicas... Depois disso ganhei uns livros de culinária do meu irmão mais velho, um da minha mãe e depois de assistir ao filme Julie e Julia tive que comprar os dois volumes do "Mastering the Art of French cooking".

O que eu mais gosto em cozinhar é no controle que você tem sobre o que se está fazendo. Existe o desafio em tentar bater a maionese e não fazer desandar, mas aquilo só depende de você, você tem o controle, ao contrário dos outros aspectos das nossas vidas em tantos momentos. Hoje a cozinha é meu refúgio, o lugar de me encontrar, de expurgar os problemas, refletir sobre a vida e fazer algo delicioso pra comer.

Aqui em casa é aos domingos que eu acabo juntando todos os aspectos da minha vida. Pensar no que aconteceu ou não na noite de sexta e sábado, enquanto faço o almoço e depois ficar na mesa conversando com a família por mais de uma hora depois que a sobremesa foi servida. E é depois de um domingo como este que eu começo a partilhar um pouquinho minhas aventuras com todos vocês.